É Urgente a Necessidade de Falar Sobre Reconhecimento de Voz
O trocadilho pode não ser dos melhores, mas o cenário mostra que é necessário quebrar o silencio e analisar as tendências sobre segurança relacionadas à biometria de voz. Não se trata somente de uma exigência corporativa com preocupações de controlar acessos dos colaboradores a ambientes restritos e estratégicos de informação. É isso também, mas a própria lógica do consumo parece indicar uma urgência de acelerar o passo neste sentido.
A mais recente edição da Consumer Electronic Show (CES), realizada em Las Vegas, no início de 2019 foi palco para a apresentação de uma pesquisa da Edison Research e NPR segundo a qual 53 milhões de americanos já possuíam, em dezembro de 2018, ao menos um smart speaker em casa, o que representa mais de 20% da população. O número total desses equipamentos saltou 78% na comparação com 2017. Apenas na temporada de fim de ano, 8% dos americanos compraram um smart speaker.
Outro estudo revelou que 35% das pessoas que possuem smart speakers relatam que já fizeram compras através do dispositivo. Uma estimativa da OC&C Strategy Consultants aponta que o comércio por interfaces de voz atingirá mais de US$ 40 bilhões nos Estados Unidos e Reino Unido em 2022. Atualmente este volume já chega a US$ 2 bilhões.
Este é o lado bom da história, mas falar de segurança é também olhar para o outro lado.
A revista PC Magazine dos EUA fez este exercício de contraditório e por meio de uma pesquisa constatou que 31% das pessoas temem adotar este tipo de tecnologia pelas questões de privacidade. Este comportamento se baseia em fatos como o ocorrido em maio de 2018 quando um destes smart speakers gravou uma conversa privada de uma família e a enviou para um contato de sua agenda.
O fabricante apresentou uma justificativa confusa concluindo que o fato aconteceu devido a uma “improvável cadeia de eventos”, mas, seja como for, a verdade é que 20% das pessoas afirmam não querer ter um smart speaker justamente pelo medo de que informações privadas acabem divulgadas.
Diante deste quadro, a biometria de voz parece ser a ferramenta ideal e é de reconhecimento público que esta tecnologia tem amadurecido em praticidade e escala nos últimos anos. Hoje a voz é reconhecida em qualquer contexto e, evidentemente, há mecanismos que identificam voz gravada ou sintetizada, por exemplo.
Além disso, a comparação pode ser feita em tempo real e de forma totalmente imperceptível, permitindo uma rápida identificação se a pessoa é quem diz ser. O voice print armazenado pode liberar o acesso a ambientes, a realização de serviços e a efetivação de compras. Tudo isso aumentando a produtividade e qualidade do atendimento.
Ainda assim, é necessário cautela.
Em seu artigo intitulado “Uma reflexão sobre impostores”, publicado no Relatório de Previsões de Cibersegurança da Forcepoint para 2019, o Diretor de Tecnologia Mundial da empresa, Nico Fischbach disse que a combinação de biometria comportamental com autenticação forte, com base em tecnologia avançada como a própria biometria de voz é uma abordagem mais sensata.
O executivo disse acreditar na possibilidade de que os hackers furtarão os rostos do público em 2019, ao falar sobre a tecnologia facial e de como ela foi driblada num teste usando fotos digitais disponíveis publicamente em mídias sociais e sites de busca.
Se eles conseguirão fazer isto, porque não acreditar que eles também conseguirão furtar as vozes?
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